Falar
do Quarto de Milha é fácil, um animal compacto, com músculos fortes, que pode correr
distâncias curtas mais rápido que qualquer outra raça. Originado nos Estados
Unidos, os primeiros cavalos nasceram em
meados de 1600, com a ida do Puro Sangue Inglês levado pelos colonizadores
ingleses com o famoso Mustang, animal nativo do país. Em 1611 eram escolhidos
os melhores garanhões Mustangs que cruzaram com matrizes do PSI e o resultado
desse cruzamento foi o Quarto de Milha, que tem esse nome, por que, os
colonizadores se divertiam promovendo corridas, exatamente com um quarto de
milha (401 metros).
Os cavalos da raça tem extrema docilidade,
conseguindo partidas rápidas e paradas bruscas com grande capacidade de mudar
de direção e enorme habilidade de girar sobre si mesmo. É adaptável a qualquer
situação, transformando-se em instrumento de força, transporte e difícil de ser
derrotado em provas equestres, além de melhorador de plantel. Considerado o cavalo
mais versátil do mundo, é usado nas modalidades de conformação, que avalia
basicamente a morfologia do cavalo, ou seja, aprumos, músculos, anatomia do
sistema reprodutor tanto feminino quanto masculino, entre outros. Trabalho,
onde é avaliado o desempenho do cavalo em provas como vaquejada, tambor, balizas,
laço, corridas, team penning, apartação, team ropping, rédeas e etc. E corrida
onde analisa o cavalo que consegue fazer um percurso em menor tempo.
A sua versatilidade tão falada, vem
da facilidade de um mesmo animal ser usado em tão distintas funções, podendo
ser inserido tanto em corridas planas como em saltos, provas de rédeas,
balizas, tambores, hipismo rural e também na lida com o gado.
No Brasil o plantel é composto por
mais de 358 mil animais registrados, com um valor aproximado de 1,3 bilhões de
reais, divididos em 61,4 mil criadores, proprietários e associados em 491,6 mil
hectares em todo o território nacional. Consumindo anualmente 143,4 mil
toneladas de ração, gerando 244,8 mil empregos diretos para atender toda a
mão-de-obra necessária, sem contar com médicos veterinários, agrônomos,
zootecnistas, carpinteiros, pedreiros, transportadores de cavalos, fabricantes
de equipamentos e indústria de rações e produtos veterinários, entre outros.
Desta forma podemos ver o potencial absurdo que apenas uma raça pode gerar e é
exatamente a estes números que o sucesso de compra e venda da raça quarto de
milha consiste.
A raça Quarto de Milha,
independentemente do seu nascedouro, é uma forte moeda de compra e venda e uma
promessa de ganhos e lucros. Sendo capaz de agregar liquidez e valor nas mãos
de qualquer um, aliás, isto é o que incentiva cada vez mais compra e venda e a
entrada de novos investidores e criadores da raça.
No padrão da raça sua aparência
consiste em força e tranquilidade, quando não trabalhando, deve conservar-se
calmo, mantendo a própria força sob controle. Na posição parado, mantém-se
reunido, com os posteriores sob a massa, apoiando nos quatro pés, podendo
partir rapidamente em qualquer direção. Ainda é avaliado todos os pontos
importantes, como cabeça, orelha e olhos, andado, pelagem, musculatura, garupa,
tronco, dorso, lombo, peito e tórax, entre outros e ainda membros anteriores e
posteriores.
Quanto ás pelagens oficiais a raça é
dividida em 12 pelagens.
Alazão,
alazão tostado, baio, baio amarilho, castanho, cremelo, lobuno, perlino, preto,
rosilho, tordilho e zaino. O regulamento exige que todo cruzamento entre pais
alazães só pode, originar produtos alazães, e um produto para ser tordilho,
deve ter um de seus pais tordilho e o padrão racial estabelecido para o Quarto
de Milha permite que as áreas de pelos brancos localizados pelo corpo não
ultrapassem a 10cm², quando ultrapassam esse limite, o animal é
descaracterizado da raça.
Contudo, adquirir um animal desses é de fato uma
realização compensadora e lucrativa, tanto para o bolso quanto para o plantel.
As qualidades da raça são únicas e essas qualidades fortalecerão a sua
propriedade.
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