Nessa primeira
matéria do mês de março, falaremos de uma doença que acomete equinos, onde a margem
de mortes é de 50% à 75% dos animais infectados. O tétano é causado
por uma bactéria chamada Clotridium tetani, encontrada geralmente em fezes e no
solo, libera uma toxina que causa rigidez muscular, que em estágio avançado
pode levar o animal a óbito por parada respiratória ou por convulsão.
Equinos em modo
geral já são mais sensíveis ao tétano, quando são criados em locais com
pouco cuidado, com baias com grande acumulo de fezes, se tornando assim
um ambiente propenso com um alto grau de contaminação, se tornando mais difícil
o controle da doença. Essa toxina liberada, não só infecta o animal por
meio de feridas, como qualquer situação de anaerobiose contaminada pode levar
ao desenvolvimento do tétano.
O sinal clínico
mais característico é a rigidez muscular, principalmente nos músculos de
sustentação, bem como o trismo, que é o endurecimento da mandíbula,
dificuldade respiratória e hipersensibilidade ao toque, luz e
barulho. Outros sinais como febre, sudorese intensa, disfagia, pneumonia
aspirativa e hipoxia por comprometimento dos músculos respiratórios, podendo
assim evoluir para uma parada cardíaca.
Após detectar
esses sinais clínicos, o proprietário deve entrar em contato imediatamente com
um Médico Veterinário, pois o quanto antes for feita uma intervenção com drogas
e técnicas específicas, mais chances terá de reverter o quadro do animal.
Alguns desses sinais clínicos também indicam outras doenças, como laminite ou
raiva.
Após ser detectado tétano no animal, o
proprietário pode facilitar o acesso á água e comida, deixando-o sempre hidratado,
se possível alojando-o em uma baia fresca, escura e com cama macia, sempre
evitando estímulos súbitos.
O melhor método
para controle do tétano é a administração adequada da vacina, que diminui muito
o risco da doença, sendo duas aplicações (dose e reforço) com quatro semanas de
intervalo, depois uma por ano de reforço. Observar possíveis ferimentos, se
informar sobre tratamento profilático contra tétano e cuidados com
os possíveis ferimentos, fazer uma limpeza regular nas camas dos animais,
limitando a contaminação fecal também são métodos de prevenção.
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