Carrapatos em casa ou mesmo no
campo é sempre um problema! Bom, hoje vamos falar um pouco sobre esse grupo
arachnida, citando um pouco da sua morfologia, ciclo de vida, os métodos de
controle e a importância que esse controle tem no convívio das pessoas e seus
animais, seja cães, gatos, cavalos ou mesmo outros animais domésticos e
silvestres.
Para que
possamos entender melhor, os carrapatos pertencem exclusivamente há dois grupos
ou famílias: Um grupo popularmente conhecido como carrapatos duros, pois
possuem um escudo que protege o corpo e outro grupo de carrapatos moles que não
possuem escudo. Em geral são hematófagos obrigatórios e alimentam-se somente do
hospedeiro, se alimentando de sangue, linfa, restos de derme ou algumas
secreções da pele. Quanto á morfologia básica dos carrapatos, o seu corpo é
oval ou elíptico e são achatados. O macho do grupo dos carrapatos duros é
sempre menor que a fêmea, tendo 5 vezes menos tamanho que a fêmea adulta, pois
ela aumenta drasticamente o seu tamanho quando esta ingurgitada e o grupo dos carrapatos moles tem corpo
basicamente de mesmo tamanho, tanto macho quanto fêmea.
È
importante falar sobre seu ciclo de vida, por que existem somente dois tipos,
um é a vida parasitária, onde ele se encontra no hospedeiro e a outra, é a vida
livre onde ele esta no chão e isso acontece por dois motivos: um a fêmea está
procurando um local para ovipositar seus ovos e o outro motivo a ninfa ( que é
a forma jovem do carrapato ) ou mesmo o carrapato adulto está procurando um
primeiro ou um novo hospedeiro. Geralmente as pessoas que tem cachorro em casa,
encontram aquele “carrapatão” subindo pelas paredes, aquela é a fêmea já cheia
de sangue buscando um local para colocar seus ovos.
Os Danos
Os danos no
animal, sege ele de pequeno ou de grande porte, podem ser fatais. Os carrapatos causam danos na pele e ao couro devido á ação
de suas peças bucais, inoculação de toxinas, pois a saliva dos carrapatos tem
neurotoxinas que podem levar a paralisia do animal. A ingestão de grandes
quantidades de sangue podem levar a anemia profunda diminuindo o
desenvolvimento ponderal ( desenvolvimento peso/altura) do animal e o mais
importante fazem a transmissão de patógenos ( vírus, bactérias, protozoários,
helmintos e etc. )
As Doenças
Algumas
doenças importantes devem ser lembradas e citadas junto com seus métodos de
controle, pois seus métodos são simples e fáceis de ser realizados por qualquer
pessoa adulta, serão separados por tipos de animais para uma melhor
compreensão.
Equinos:
Carrapato Estrela
Chamado popularmente de carrapato
estrela ou carrapatos do cavalo e também de micuim na faze jovem, este
carrapato está associado á BABESIOSE EQUINA ( causadas pelos protozoários Babesia equi e Babesia caballi ) e também a FEBRE MACULOSA ( causada pela bactéria
Rickettsia rickettsii )
parasita principalmente eqüinos, más também pode ser encontrados em bovinos e
outros animais domésticos e silvestres.
Importância e características
Irritabilidade, devido a picada que é dolorosa e o
conseqüente prurido, pode causar ainda, anemia, devido a perda sanguínea, o que
depende da intensidade do ataque (número de carrapatos), as feridas causadas
podem favorecer a ocorrência de moscas e conseqüentes miíases, desvalorização
do couro, perda na produtividade animal ( peso/produção ). Devido ao grande
porte o diagnóstico pode ser feito através da observação direta dos carrapatos
no animal. Aparecimento de nódulos, e/ou vergões na pele, ligeiramente
inflamado associado a prurido, quando ocorre infestação maciça o animal pode
apresentar anemia, pode ser observada ainda a ocorrência de paralisia que se
inicia nos membros anteriores e em poucos dias atinge todos os órgãos.
Formas
de controle:
Catação manual, aplicação de antiparasitários
injetáveis ou por meio de aspersão, Spray e Pour On e ainda rotação de
pastagens ou o uso da técnica de arrasto da flanela branca.
Carrapato
da orelha
Conhecido como carrapato da orelha em cavalos, esse nome é
devido ao fato de desenvolver todo o ciclo biológico no pavilhão auricular e no
conduto auditivo do hospedeiro e ainda está associada ainda com a transmissão
da PIROPLASMOSE EQUINA.
Importância
e características:
São vetores dos protozoários Babesia
equi, Babesia caballis. Pode causar ainda, anemia, devido á perda
sanguínea, o que depende da intensidade do ataque, as feridas causadas podem
favorecer a ocorrência de moscas e conseqüentes miíases. A observação pode ser
direta dos carrapatos principalmente na região da orelha dos eqüinos e quando
ocorre infestação maciça o animal pode apresentar anemia.
Formas
de controle:
Catação
manual (com uma pinça) e aplicação de antiparasitários por meio de aspersão ou
spray.
Caninos:
Carrapato
vermelho
Popularmente chamado de carrapato vermelho do cão, este
gênero de carrapatos ao contrario dos outros gêneros, possui geotropismo
negativo, ou seja, logo após sair do hospedeiro, ele procura lugares altos, de
preferência lugares perto do ambiente onde o hospedeiro fica ou dorme.
Parasitando principalmente os cães, ele também pode parasitar outros animais
domésticos que estiverem no ambiente e inclusive o homem.
Os carrapatos adultos são comumente
achados nas orelhas e entre os dedos ou também nos pelos do pescoço.
Importância
e características:
Altas infestações provocam desde leves
irritações até anemia por ação espoliadora, é considerado o principal
transmissor da BABESIOSE CANINA e também a ERLICHIOSE popularmente conhecida
como “doença do carrapato”, além de vírus e bactérias, causa paralisia no
animal. Pode ainda atacar o homem causando dermatites.
Devido ao grande porte o diagnóstico
pode ser feito através da observação direta dos carrapatos no animal,
principalmente nas regiões de preferências. Pode ser observada ainda a
ocorrência de paralisia nos animais infestados. No caso da doença do carrapato,
os sintomas como febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza
podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. É possível, também, que
o animal apresente sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas
na pele e dificuldades respiratórias. Nessa fase, nem sempre o dono percebe os
sintomas e, conseqüentemente, que o animal está doente.
Formas
de controle:
A principal forma de controle se faz
através da aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o
tratamento duas ou três vezes com intervalos de 14 dias, em conjunto com
limpeza do ambiente (canis) e aplicação de acaricidas nas paredes e pisos das
instalações.
IMPORTANTE:
O diagnóstico pelos sinais clínicos pode ser apenas suposição em todos os tipos
de animais, uma vez que estes sinais são comuns a outras doenças. Para
confirmar o diagnóstico clínico é importante se fazer exames laboratoriais
específicos para a identificação dos agentes em lâminas de sangue, junto ao
Médico Veterinário.
Se você tiver uma sugestão para uma próxima matéria, mande um e-mail com a sua sugestão ou com a matéria que você gostaria de ler para emiliano.vitor@hotmail.com.
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