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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Carrapatos


             Carrapatos em casa ou mesmo no campo é sempre um problema! Bom, hoje vamos falar um pouco sobre esse grupo arachnida, citando um pouco da sua morfologia, ciclo de vida, os métodos de controle e a importância que esse controle tem no convívio das pessoas e seus animais, seja cães, gatos, cavalos ou mesmo outros animais domésticos e silvestres.
            
             Para que possamos entender melhor, os carrapatos pertencem exclusivamente há dois grupos ou famílias: Um grupo popularmente conhecido como carrapatos duros, pois possuem um escudo que protege o corpo e outro grupo de carrapatos moles que não possuem escudo. Em geral são hematófagos obrigatórios e alimentam-se somente do hospedeiro, se alimentando de sangue, linfa, restos de derme ou algumas secreções da pele. Quanto á morfologia básica dos carrapatos, o seu corpo é oval ou elíptico e são achatados. O macho do grupo dos carrapatos duros é sempre menor que a fêmea, tendo 5 vezes menos tamanho que a fêmea adulta, pois ela aumenta drasticamente o seu tamanho quando esta ingurgitada e o  grupo dos carrapatos moles tem corpo basicamente de mesmo tamanho, tanto macho quanto fêmea.
            È importante falar sobre seu ciclo de vida, por que existem somente dois tipos, um é a vida parasitária, onde ele se encontra no hospedeiro e a outra, é a vida livre onde ele esta no chão e isso acontece por dois motivos: um a fêmea está procurando um local para ovipositar seus ovos e o outro motivo a ninfa ( que é a forma jovem do carrapato ) ou mesmo o carrapato adulto está procurando um primeiro ou um novo hospedeiro. Geralmente as pessoas que tem cachorro em casa, encontram aquele “carrapatão” subindo pelas paredes, aquela é a fêmea já cheia de sangue buscando um local para colocar seus ovos.
           
Os Danos
            Os danos no animal, sege ele de pequeno ou de grande porte, podem ser fatais. Os carrapatos causam danos na pele e ao couro devido á ação de suas peças bucais, inoculação de toxinas, pois a saliva dos carrapatos tem neurotoxinas que podem levar a paralisia do animal. A ingestão de grandes quantidades de sangue podem levar a anemia profunda diminuindo o desenvolvimento ponderal ( desenvolvimento peso/altura) do animal e o mais importante fazem a transmissão de patógenos ( vírus, bactérias, protozoários, helmintos e etc. )

As Doenças
            Algumas doenças importantes devem ser lembradas e citadas junto com seus métodos de controle, pois seus métodos são simples e fáceis de ser realizados por qualquer pessoa adulta, serão separados por tipos de animais para uma melhor compreensão.

Equinos:
           
Carrapato Estrela


Chamado popularmente de carrapato estrela ou carrapatos do cavalo e também de micuim na faze jovem, este carrapato está associado á BABESIOSE EQUINA ( causadas pelos protozoários Babesia equi e Babesia caballi ) e também a FEBRE MACULOSA ( causada pela bactéria Rickettsia rickettsii ) parasita principalmente eqüinos, más também pode ser encontrados em bovinos e outros animais domésticos e silvestres.

Importância e características
Irritabilidade, devido a picada que é dolorosa e o conseqüente prurido, pode causar ainda, anemia, devido a perda sanguínea, o que depende da intensidade do ataque (número de carrapatos), as feridas causadas podem favorecer a ocorrência de moscas e conseqüentes miíases, desvalorização do couro, perda na produtividade animal ( peso/produção ). Devido ao grande porte o diagnóstico pode ser feito através da observação direta dos carrapatos no animal. Aparecimento de nódulos, e/ou vergões na pele, ligeiramente inflamado associado a prurido, quando ocorre infestação maciça o animal pode apresentar anemia, pode ser observada ainda a ocorrência de paralisia que se inicia nos membros anteriores e em poucos dias atinge todos os órgãos.

Formas de controle:
            Catação manual, aplicação de antiparasitários injetáveis ou por meio de aspersão, Spray e Pour On e ainda rotação de pastagens ou o uso da técnica de arrasto da flanela branca.

Carrapato da orelha   


Conhecido como carrapato da orelha em cavalos, esse nome é devido ao fato de desenvolver todo o ciclo biológico no pavilhão auricular e no conduto auditivo do hospedeiro e ainda está associada ainda com a transmissão da PIROPLASMOSE EQUINA.

Importância e características:
            São vetores dos protozoários Babesia equi, Babesia caballis. Pode causar ainda, anemia, devido á perda sanguínea, o que depende da intensidade do ataque, as feridas causadas podem favorecer a ocorrência de moscas e conseqüentes miíases. A observação pode ser direta dos carrapatos principalmente na região da orelha dos eqüinos e quando ocorre infestação maciça o animal pode apresentar anemia.

Formas de controle:
Catação manual (com uma pinça) e aplicação de antiparasitários por meio de aspersão ou spray.

Caninos:
           
Carrapato vermelho


Popularmente chamado de carrapato vermelho do cão, este gênero de carrapatos ao contrario dos outros gêneros, possui geotropismo negativo, ou seja, logo após sair do hospedeiro, ele procura lugares altos, de preferência lugares perto do ambiente onde o hospedeiro fica ou dorme. Parasitando principalmente os cães, ele também pode parasitar outros animais domésticos que estiverem no ambiente e inclusive o homem.
            Os carrapatos adultos são comumente achados nas orelhas e entre os dedos ou também nos pelos do pescoço.

Importância e características:
            Altas infestações provocam desde leves irritações até anemia por ação espoliadora, é considerado o principal transmissor da BABESIOSE CANINA e também a ERLICHIOSE popularmente conhecida como “doença do carrapato”, além de vírus e bactérias, causa paralisia no animal. Pode ainda atacar o homem causando dermatites.
            Devido ao grande porte o diagnóstico pode ser feito através da observação direta dos carrapatos no animal, principalmente nas regiões de preferências. Pode ser observada ainda a ocorrência de paralisia nos animais infestados. No caso da doença do carrapato, os sintomas como febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. É possível, também, que o animal apresente sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. Nessa fase, nem sempre o dono percebe os sintomas e, conseqüentemente, que o animal está doente.



Formas de controle:
            A principal forma de controle se faz através da aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento duas ou três vezes com intervalos de 14 dias, em conjunto com limpeza do ambiente (canis) e aplicação de acaricidas nas paredes e pisos das instalações.

IMPORTANTE: O diagnóstico pelos sinais clínicos pode ser apenas suposição em todos os tipos de animais, uma vez que estes sinais são comuns a outras doenças. Para confirmar o diagnóstico clínico é importante se fazer exames laboratoriais específicos para a identificação dos agentes em lâminas de sangue, junto ao Médico Veterinário.

Se você tiver uma sugestão para uma próxima matéria, mande um e-mail com a sua sugestão ou com a matéria que você gostaria de ler para emiliano.vitor@hotmail.com.

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