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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Leishmaniose


Leishmaniose

Esta semana vamos falar da leishmaniose, uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo.
Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”; não exige o sacrifício de animais infectados pela doença. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade, se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.
Transmissão
A transmissão é feita por insetos, os mais comuns são: mosquito-palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito-palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
É o inseto que transmite a doença de um animal para outro, sendo uma doença que afeta principalmente cães, mas também outros animais como ratos, gatos e humanos (principalmente crianças com desnutrição, idosos imunossuprimidos e, atualmente, pessoas com AIDS).
Uma duvida muito frequente, mais que fique claro isso é que Não se pega leishmaniose de cães e outros animais, apenas pela picada do inseto que estiver infectado. O cão é apenas mais um hospedeiro da leishmaniose visceral.
Sintomas
Os sintomas são variáveis. O cão pode apresentar emagrecimento, perda de pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, lesão de pele ulcerada, blefarite e anemia. Também há sintomas nos órgãos internos, como crescimento do fígado e outras alterações. Entretanto, esses sintomas são comuns em outras doenças bem menos graves; assim, se seu cão apresentar esses sintomas não quer dizer que o mesmo está com leishmaniose. O diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário, que combinará exames de sangue com exames clínicos.
Prevenção
O verdadeiro transmissor da doença – o mosquito-palha – gosta de lugares com matéria orgânica, então sempre mantenha quintal e canis limpos e telados. Esse inseto é de hábito noturno, então evite passeios nos horários de crepúsculo e aconselha-se que coloque seus cães para dormir em lugares telados e use coleiras ou líquidos repelentes para ajudar na proteção. Um dos métodos que tem tido mais sucesso é a coleira repelente, justamente para evitar a picada do inseto; a coleira é uma importante arma contra a doença. Além disso, existe vacina para leishmaniose. Ela previne que 80 a 95% dos cães se infectem com leishmania pela picada do inseto.
A vacina já está disponível em vários lugares do país. Hoje se tem no mercado a Leishmune, da Fort Dodge e a Leishtec, da Hertape Calier.
Existe uma boa parcela da classe veterinária que ainda não conhece o tratamento e a prevenção da leishmaniose, entretanto, a falta de conhecimento deles não pode impedir o público de tratar de seus cães. Procure veterinários especializados em infectologia. é preciso ter-se claro é que tanto os humanos como os animais infectados, mesmo tratados, serão portadores do parasita o restante de suas vidas e deverão ser mantidos sob rígido controle, assim deverão ter contínuo acompanhamento do médico veterinário, com a realização de exames laboratoriais periódicos, para verificar se o animal realmente mantém-se não infectante e saudável.
Tratamento
A Leishmaniose Visceral Canina tem tratamento, este tratamento pode ser feito utilizando diferentes drogas e as drogas para o tratamento são muito baratas e podem ser, inclusive, manipuladas em farmácias. O tratamento da Leishmaniose Visceral Canina exige compromisso tanto do Médico Veterinário como do proprietário e este tratamento não é proibido. O que está proibido no Tratamento da Leishmaniose Visceral Canina é o uso de Medicamentos da linha humana, mas mesmo esta proibição de uso de Medicamentos para o tratamento está sendo questionada judicialmente pois uma Portaria Ministerial não tem competência legal para proibir um tratamento de Leishmaniose Visceral Canina. Somente a Lei, em sentido estrito, pode impedir o tratamento.
Nos tratamentos cujos resultados são apresentados a seguir, foram utilizadas as seguintes drogas: Alopurinol, Cetoconazol, Levamizol, Vitamina A, Zinco, Aspartato de L-arginina e Prednisona. Nunca utilizamos Glucantime ou Anfotericina B em nossos tratamentos. Toda medicação é realizada na casa do proprietário, ministrada através de comprimidos ou cápsulas.

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença infecciosa não contagiosa, é uma doença totalmente tratável e curável clinicamente, mas como a grande maioria de doenças causadas por protozoários o portador geralmente não obtém a cura parasitológica, assim no cão como no ser humano.
A Organização Mundial de Saúde não recomenda a eutanásia como método de controle da LVC. 
Porém, o Ministério da Saúde ainda indica e usa a eutanásia como método de controle, como uma forma mais fácil e rápida no controle da doença, a despeito de países de 1º mundo, como Espanha, França, Itália e Alemanha tratarem seus animais regularmente. A Constituição Federal do Brasil garante ao proprietário que o mesmo não é obrigado a sacrificar o seu cão, pois é sua propriedade, e se o Poder Público o fizer, poderá ser acionado por crime de Abuso de Autoridade e ainda responder por danos materiais e morais, se assim o desejar o proprietário.





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