Conhecida popularmente como "Nó nas tripas" em algumas regiões do Brasil. A cólica equina é uma doença muito grave, que em muitos casos, não tratada de maneira correta, leva o animal a óbito.
A cólica se trata de uma doença gastrointestinal, que gera dores abdominais e são resultantes de doenças no aparelho digestivo e outros órgãos. Pode estar relacionado a vários fatores como:
- Fermentação de alimentos;
- Produção excessiva de gás no estomago;
- Obstrução ou torção do intestino;
Resultado desses fatores, os animais podem apresentar mudanças em seu comportamento. Um dos sinais mais característico é o animal deitar, rolar e levantar constantemente e suar, com dificuldades de caminhar. O fato é que cavalos são animais essencialmente herbívoros monogástricos e com a mudança na vida desses animais, que antes estavam livres em grandes pastos, caminhando e se alimentando quase que constantemente, agora estão muitas das vezes em baias de 4m/3m, se exercitando poucas horas por dia ou em alguns casos que, não fazem exercícios todos os dias, com uma dieta alimentar totalmente "incomum", comendo mais ração, do que o próprio capim, ficando longos períodos em jejum, para depois se alimentar com ansiedade e compulsão. Sendo a alimentação inadequada o principal fator da cólica.
É claro que animais podem ficar alojados em baias, só que para isso é necessário que o proprietário ou o tratador, conheça e realize todas a necessidades do animal, lhe fornecendo água fresca e limpa, adequando a alimentação em várias vezes ao dia, não só com uma boa ração, mas também com um bom volumoso, que neste caso é um capim de qualidade. Evitar fazer alterações bruscas na alimentação e liberar o animal 2 vezes por dia para pastejar também é importante, em horários com pouca incidência de sol, geralmente das 6:00 da manhã até 8:00 da manhã e das 16:00 até as 18:00. Como o animal esta alojado e a intensão é deixar-lo com uma pelagem bonita, nesses horários o animal estará livre e não queimará o pelo, se possível ainda, passar o trato com ração antes de liberá-los.
Existem vários tipos de cólicas a serem citadas, cada uma com suas particularidades e níveis de importância diferentes. Quando eu digo importância, falo sobre a necessidade de uma intervenção cirúrgica no animal ou apenas um tratamento com remédios.
- Cólica por gases:
Onde o gás estica o intestino grande, causando dor, é facilmente aliviada com tratamento apropriado.
- Cólica por impacto:
Onde o intestino é obstruído por uma grossa massa de alimento. Caso comum em cólica, que na maioria dos casos, é resolvido facilmente com tratamento adequado. Acontece quando o animal não mastiga o alimento corretamente, seja por incapacidade ou mesmo por ansiedade.
- Cólica por espasmos:
Com sinais de cólica geralmente suave, devem-se as contrações intestinais aumentadas, resultado de um acumulo suave de gás, dentro do intervalo digestivo do cavalo.
- Cólica causada por parasitas:
Resultado de grandes lombrigas, causando uma obstrução, posteriormente uma ruptura do pequeno estômago. Acomete animais jovens, pois após 6 meses de idade a 1 ano, estes desenvolvem imunidade aos parasitas. Neste caso é necessário intervenção cirúrgica.
- Colite:
Dor abdominal causada por inflamação do intestino. Necessita atenção imediata do Médico Veterinário.
- Deslocamento ou torção gástrica:
Onde uma parcela do intestino desloca-se para uma posição anormal no abdômen ou quando uma parte do intestino torce, neste tipo de cólica, a torção pode causar um bloqueio total do intestino. Neste caso é necessário intervenção cirúrgica imediata.
Sempre que notar, sinais característicos de cólica, solicite um Médico Veterinário, pois só ele poderá, diagnosticar o seu animal. Se possível, consulte um Zootecnista, pois ele pode planejar uma dieta correta para o seu animal, evitando assim futuros problemas. Evitar esse tipo de situação é o melhor a se fazer, cólica pode matar seu animal e com métodos simples e um pouco de organização, você pode evitar isto.
Referência: CAMPELO, Jairo, PICCININ, Adriana. Cólica Equina, Revista Cientifica Eletrônica de Medicina Veterinária, numero 10, janeiro de 2008.
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