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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Equoterapia


   
      Nesta semana abordaremos um tema muito importante para as pessoas com deficiência ou portadoras de necessidades especiais.

       A Equoterapia vem proporcionar para seus praticantes um novo modo de vida, na maioria dos casos com grandes conquistas e avanços psicossociais. Esta modalidade tem o primeiro registro em 1901 na Inglaterra, onde foi fundado o primeiro hospital ortopédico do mundo em função da guerra dos Boers na África do Sul. Pelo numero de feridos ser expressivo, uma dama inglesa, patronesse daquele hospital, resolveu levar os seus cavalos para lá, a fim de quebrar a monotonia do tratamento dos mutilados e este é o primeiro registro de uma atividade equestre com pacientes com deficiência motora. No Brasil, esse recurso terapêutico só foi valorizada tardiamente no ano de 1989, na granja do torto, em brasília e em 1999 foi realizado o primeiro congresso nacional de equoterapia.
      Resumidamente, a equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou com necessidades especiais, utilizando o cavalos como promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais. Pela necessidade da interação do corpo inteiro, esta atividade contribui muito para o desenvolvimento, o movimento rítmico e preciso do cavalo, que ao caminhar e se desloca para frete e para trás, para os lados e para cima e para baixo, pode ser comparado com a ação da pelve humana no andar, permitindo a todo instante entradas sensoriais em forma de propriocepção profunda, estimulações vestibular, olfativa, visual e auditiva, assim ativando o desenvolvimento da força, flexibilidade, relaxamento, tônus muscular e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. O cavalo provoca um deslocamento do centro gravitacional do paciente, desenvolvendo o equilíbrio, a normalização do tônus, controle postural, coordenação, redução de espasmos, respiração e informações proprioceptivas, estimulando não apenas o funcionamento de ângulos articulares, como o de músculos e circulação sanguínea. A importância do primeiro contato com o cavalo e o ato de montar, desenvolvem novas formas de socialização, autoconfiança e auto-estima.
      As atividades equoterapêuticas tendem obter mais sucesso e são mais aproveitadas, quando ha um número de profissionais maior envolvidos. Hoje a grupos com profissionais da saúde, educação e equitação que dão este suporte, envolvendo fonoaudióloga, fisioterapeuta, psicóloga, terapeuta ocupacional, psicopedagoga, professor de educação física, assistente social, instrutor de equitação, zootecnista, auxiliar guia e tratador, todos estes com um simples propósito, o avanço e a melhora dos pacientes.
Sendo dividido em quatro momentos fundamentais:


a) Hipoterapia - o cavalo como instrumento cinesioterapêutico. O cavalo se torna um instrumento dotado de ritmo, oscilação e corpo. Encontramos dois níveis de atuação: deficiente em situação apodal, quadrípede e bípede, ou ainda, psicoses graves, insuficiência mental e distúrbios relacionais.

b) Reeducação equestre - é a fase em que o cavalo é tido como instrumento pedagógico. Utiliza-se da arte equestre, com fins pedagógicos objetivando pacientes que já possuem alguma autonomia. Seu objetivo é a capacidade de conduzir o cavalo, adotando recursos pedagógicos como reforço visando os conceitos educativos.

c) Pré-esporte – o cavalo como promotor da realidade social. Atividade na qual os praticantes trabalham individualmente ou em grupos, com o objetivo de organizar o espaço e o tempo e para preparar-se para a sua inserção na sociedade. Nesta fase são ensinados o trote e o galope.

d) Esporte - o cavalo como promotor da inserção social. Onde o praticante é inserido (ou reinserido) na sociedade, esta fase promove a socialização e uma melhora na estruturação da personalidade. Assim, os jovens podem ter acesso a vários esportes equestres e participarem de diversas modalidades. Atualmente, existe o Hipismo Adaptado, forma de esporte para as pessoas portadoras de necessidade especiais, no qual participam praticantes de todo o Brasil.

      As sessões de equoterapia podem ser realizadas em grupos, porém o acompanhamento e planejamento deve ser individualizado, para que se tenha a evolução do trabalho e avaliar os resultados obtidos, deve haver registros periódicos e sistemáticos das atividades desenvolvidas com os pacientes.
Finalizando a equoterapia então é um dos raros métodos ou talvez o único, que permite que o praticante vivencie tantos acontecimentos ao mesmo tempo, onde as ações, reações e informações são tão numerosas.
O cavalo a séculos vem mostrando o seu potencial, quando falamos da interação com o homem e o meio em que vive, junto com o cão, o cavalo, vem sendo o melhor amigo do homem e prova mais uma vez que é capaz de quebrar barreiras para a melhoria e qualidade de vida de todos nós.




sábado, 22 de outubro de 2011

Cães de Apartamento - Shih Tzu

Shih Tzu



      A pedidos, nesta semana vamos falar sobre cachorros de apartamento. A raça Shih Tzu, é uma delas e apesar do porte pequeno, é uma raça que necessita de alguns cuidados, para que fique sempre bonita e com saúde.

      É uma raça antiga com origem tibetana e diz á lenda que define o Shih Tzu como sendo o símbolo do amor impossível entre uma princesa chinesa e um mongol (povo predominante no Tibet). Segundo essa lenda, diante da impossibilidade de realizarem o casamento, o casal resolveu cruzar um legítimo representante da China (o Pequinês) com um Lhasa Apso (cão do Tibet). Da união das raças surgiu o Shih Tzu, simbolizando tudo o que há de melhor nas duas culturas e o amor entre os dois povos. Com uma expectativa de vida de até 15 anos e com peso em média de 4 a 7 kg, sua altura varia de 20 a 30 cm.

São geralmente dóceis e amigáveis, adaptando-se muito bem a ambientes pequenos como apartamentos e encarna com perfeição o modelo de cão de colo, sendo muito afetivo com a interação familiar. Com personalidade forte são mais aptos a ficarem por mais tempo sozinhos, sem destruir a casa e sem deixar seu vizinho louco pelos latidos. Ao contrario das grandes qualidades o shih tzu está entre as raças menos obedientes de acordo com uma pesquisa sobre a inteligência dos cães, coloca a raça em apenas 70° lugar entre 79 posições, logo os donos de shih tzu tem que ter bastante paciência, caso queira ensiná-lo a obedecer.


Higiene e Cuidados

Pelagem
      Por ser um animal de pelos longos e densos, o cuidado com eles deve ser diário, se mantido com os pelos muito compridos, é necessário uma escovação diária ou pelo menos dia sim, dia não. Caso contrário, ocorrerá formação excessiva de nós e para desembaraçá-los, além de ser muito dolorido para o cão, pode ser que nem desembarace, tendo que cortar as mechas muito emboladas. Então é aconselhável adotar a tosa-filhote que é mais curta e necessita de menos cuidados.

Limpeza dos ouvidos
      Para diminuir o risco de surgirem ás famosas otites, só a limpeza regular do pavilhão auricular pode ajudar. Sendo feita uma vez por semana com produtos específicos. Lembre-se de que uma limpeza malfeita pode ferir o cão. Portanto, informe-se sobre como executá-la ou deixe-a a cargo de quem domina a técnica. Como o Shih Tzu tem muitos pêlos dentro dos ouvidos, também é indicado retirar parte deles. Do contrário, sujeira e umidade se acumulam mais facilmente no local, favorecendo o aparecimento das inflamações. Em geral, a remoção desses pêlos não precisa ser feita com muita freqüência: a cada dois meses costuma ser eficiente.

Cortando as unhas
      Pelo simples fato desses cachorros, serem cães de luxo e passarem a maior parte do tempo ou todo ele em locais ambientes internos e em pisos não ásperos, as unhas tendem a  não se desgastar naturalmente. Então é necessário apará-las e lixá-las, pelo menos uma vez por mês. Um cuidado que é preciso observar, são os vasos sanguíneos presentes nas unhas caninas. Se isso ocorrer, há risco de hemorragia e necessidade de estancá-las. Para donos com menos conhecimentos é melhor deixar essa questão para os profissionais de banho e tosa ou veterinários.

Os Olhos
      Por ter o globo ocular grande, levemente saliente e rodeado por abundante pelagem, os olhos do Shih Tzu são naturalmente mais expostos, a exemplo dos próprios pêlos. Isso não só resulta em um lacrimejamento mais intenso que o da maioria das raças como também numa particular tendência a inflamações locais. Para minimizar essa possibilidade, mantenha a região livre de pêlos compridos, prendendo ou cortando, e limpe periodicamente ao redor dos olhos.

      Terminando a conversa, não só o Shih Tzu como qualquer outra raça que você tenha em casa ou pensa em ter, é necessário cuidados especiais como estes, lembrando sempre que cada raça tem suas peculiaridades. Na maioria, as pessoas que tem cães em apartamento, regularmente levam os seus pets a veterinários que cuidam de todas essas questões de higiene e saúde, para as pessoas que não fazem isto, por algum motivo, é bom sempre ter esses cuidados em dias para que não seja necessário posteriormente levar seu cão a um veterinário e inevitavelmente gastar mais do que gastariam levando seus cães regularmente a um petshop.
      É importante lembrar também, que como qualquer outro animal, um cachorro de apartamento também necessita passear, caminhar, então seja legal com seu animal de estimação e leve ele para passear sempre que possível. Outro ponto também é a escolha deste animal, não adianta você pegar um labrador ou qualquer outra raça de porte grande, que tem necessidades de espaço, de correr, de pular em um apartamento de 60m² que com certeza essa experiência não vai ser boa para nenhum dos dois.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Carrapatos


             Carrapatos em casa ou mesmo no campo é sempre um problema! Bom, hoje vamos falar um pouco sobre esse grupo arachnida, citando um pouco da sua morfologia, ciclo de vida, os métodos de controle e a importância que esse controle tem no convívio das pessoas e seus animais, seja cães, gatos, cavalos ou mesmo outros animais domésticos e silvestres.
            
             Para que possamos entender melhor, os carrapatos pertencem exclusivamente há dois grupos ou famílias: Um grupo popularmente conhecido como carrapatos duros, pois possuem um escudo que protege o corpo e outro grupo de carrapatos moles que não possuem escudo. Em geral são hematófagos obrigatórios e alimentam-se somente do hospedeiro, se alimentando de sangue, linfa, restos de derme ou algumas secreções da pele. Quanto á morfologia básica dos carrapatos, o seu corpo é oval ou elíptico e são achatados. O macho do grupo dos carrapatos duros é sempre menor que a fêmea, tendo 5 vezes menos tamanho que a fêmea adulta, pois ela aumenta drasticamente o seu tamanho quando esta ingurgitada e o  grupo dos carrapatos moles tem corpo basicamente de mesmo tamanho, tanto macho quanto fêmea.
            È importante falar sobre seu ciclo de vida, por que existem somente dois tipos, um é a vida parasitária, onde ele se encontra no hospedeiro e a outra, é a vida livre onde ele esta no chão e isso acontece por dois motivos: um a fêmea está procurando um local para ovipositar seus ovos e o outro motivo a ninfa ( que é a forma jovem do carrapato ) ou mesmo o carrapato adulto está procurando um primeiro ou um novo hospedeiro. Geralmente as pessoas que tem cachorro em casa, encontram aquele “carrapatão” subindo pelas paredes, aquela é a fêmea já cheia de sangue buscando um local para colocar seus ovos.
           
Os Danos
            Os danos no animal, sege ele de pequeno ou de grande porte, podem ser fatais. Os carrapatos causam danos na pele e ao couro devido á ação de suas peças bucais, inoculação de toxinas, pois a saliva dos carrapatos tem neurotoxinas que podem levar a paralisia do animal. A ingestão de grandes quantidades de sangue podem levar a anemia profunda diminuindo o desenvolvimento ponderal ( desenvolvimento peso/altura) do animal e o mais importante fazem a transmissão de patógenos ( vírus, bactérias, protozoários, helmintos e etc. )

As Doenças
            Algumas doenças importantes devem ser lembradas e citadas junto com seus métodos de controle, pois seus métodos são simples e fáceis de ser realizados por qualquer pessoa adulta, serão separados por tipos de animais para uma melhor compreensão.

Equinos:
           
Carrapato Estrela


Chamado popularmente de carrapato estrela ou carrapatos do cavalo e também de micuim na faze jovem, este carrapato está associado á BABESIOSE EQUINA ( causadas pelos protozoários Babesia equi e Babesia caballi ) e também a FEBRE MACULOSA ( causada pela bactéria Rickettsia rickettsii ) parasita principalmente eqüinos, más também pode ser encontrados em bovinos e outros animais domésticos e silvestres.

Importância e características
Irritabilidade, devido a picada que é dolorosa e o conseqüente prurido, pode causar ainda, anemia, devido a perda sanguínea, o que depende da intensidade do ataque (número de carrapatos), as feridas causadas podem favorecer a ocorrência de moscas e conseqüentes miíases, desvalorização do couro, perda na produtividade animal ( peso/produção ). Devido ao grande porte o diagnóstico pode ser feito através da observação direta dos carrapatos no animal. Aparecimento de nódulos, e/ou vergões na pele, ligeiramente inflamado associado a prurido, quando ocorre infestação maciça o animal pode apresentar anemia, pode ser observada ainda a ocorrência de paralisia que se inicia nos membros anteriores e em poucos dias atinge todos os órgãos.

Formas de controle:
            Catação manual, aplicação de antiparasitários injetáveis ou por meio de aspersão, Spray e Pour On e ainda rotação de pastagens ou o uso da técnica de arrasto da flanela branca.

Carrapato da orelha   


Conhecido como carrapato da orelha em cavalos, esse nome é devido ao fato de desenvolver todo o ciclo biológico no pavilhão auricular e no conduto auditivo do hospedeiro e ainda está associada ainda com a transmissão da PIROPLASMOSE EQUINA.

Importância e características:
            São vetores dos protozoários Babesia equi, Babesia caballis. Pode causar ainda, anemia, devido á perda sanguínea, o que depende da intensidade do ataque, as feridas causadas podem favorecer a ocorrência de moscas e conseqüentes miíases. A observação pode ser direta dos carrapatos principalmente na região da orelha dos eqüinos e quando ocorre infestação maciça o animal pode apresentar anemia.

Formas de controle:
Catação manual (com uma pinça) e aplicação de antiparasitários por meio de aspersão ou spray.

Caninos:
           
Carrapato vermelho


Popularmente chamado de carrapato vermelho do cão, este gênero de carrapatos ao contrario dos outros gêneros, possui geotropismo negativo, ou seja, logo após sair do hospedeiro, ele procura lugares altos, de preferência lugares perto do ambiente onde o hospedeiro fica ou dorme. Parasitando principalmente os cães, ele também pode parasitar outros animais domésticos que estiverem no ambiente e inclusive o homem.
            Os carrapatos adultos são comumente achados nas orelhas e entre os dedos ou também nos pelos do pescoço.

Importância e características:
            Altas infestações provocam desde leves irritações até anemia por ação espoliadora, é considerado o principal transmissor da BABESIOSE CANINA e também a ERLICHIOSE popularmente conhecida como “doença do carrapato”, além de vírus e bactérias, causa paralisia no animal. Pode ainda atacar o homem causando dermatites.
            Devido ao grande porte o diagnóstico pode ser feito através da observação direta dos carrapatos no animal, principalmente nas regiões de preferências. Pode ser observada ainda a ocorrência de paralisia nos animais infestados. No caso da doença do carrapato, os sintomas como febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. É possível, também, que o animal apresente sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. Nessa fase, nem sempre o dono percebe os sintomas e, conseqüentemente, que o animal está doente.



Formas de controle:
            A principal forma de controle se faz através da aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento duas ou três vezes com intervalos de 14 dias, em conjunto com limpeza do ambiente (canis) e aplicação de acaricidas nas paredes e pisos das instalações.

IMPORTANTE: O diagnóstico pelos sinais clínicos pode ser apenas suposição em todos os tipos de animais, uma vez que estes sinais são comuns a outras doenças. Para confirmar o diagnóstico clínico é importante se fazer exames laboratoriais específicos para a identificação dos agentes em lâminas de sangue, junto ao Médico Veterinário.

Se você tiver uma sugestão para uma próxima matéria, mande um e-mail com a sua sugestão ou com a matéria que você gostaria de ler para emiliano.vitor@hotmail.com.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Paint Horse

                                                     Paint Horse 



       Estreando os cavalos em grandes animais, a raça Paint horse, que já foi muito criticada e descriminada por muitos criadores por ser pintada. Hoje, essa mesma característica dá nome ao Paint Horse, o campeão em preço e o terceiro em criatório nos Estados Unidos. No Brasil é um campeão de importação e o numero de associados da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Paint Horse (ABC Paint) cresce a cada dia. A mesma projeção que acompanha o aumento da raça no país acompanha sua valorização comercial no mercado de eqüinos.

       Para contar a origem da raça, é necessário lembrar do Quarto de Milha, animal também originado nos Estados Unidos, resultado do cruzamento do Puro Sangue Inglês trazido com os ingleses na colonização com o Mustang Americano, que era o cavalo nativo e selvagem do país. Com a musculatura do Mustang e o sangue do PSI, o quarto de milha ganhou os Estados Unidos, indo para o mercado e gerando o mais diversos cruzamentos. Assim, seguindo a linhagem do PSI, o QM passou a descriminar o cavalo com manchas, classificado como “artigo 53”, com esses animais sendo proibidos de reproduzir e expurgados da raça. Segundo estimativas da American Paint Horse Association, cerca de 20% dos cruzamentos de QM resultam em um cavalo pintado, o que significa aproximadamente, um universo de 300 mil animais Paints só nos Estados Unidos.



       Quanto a sua aceitação, no inicio dos anos 60 os norte-americanos notaram que existia uma raça de cavalo extremamente versátil, dócil e com a vantagem da pelagem, em outras palavras um quarto-de-milha exótico, sendo fundada em 1962, a American Paint Horse Association, que reúne aproximadamente 48 mil criadores.


       As qualidades são a combinação única de versatilidade, onde se destaca em quase todas as provas, com docilidade, uma característica fundamental para esportes como cavalgadas e hobby familiar somado ao seu principal diferencial: a pelagem exótica. A cor do pelo e o padrão fazem o Paint Horse um cavalo único, valorizando qualquer haras. Cada animal tem uma combinação particular de branco com qualquer outra cor dos eqüinos. As manchas podem ser de qualquer forma ou tamanho e podem ser localizadas em qualquer lugar do corpo do animal, essas características, funcionais e de beleza, que estão fazendo o cavalo com manchas um investimento seguro e certo no mercado. Um importante ponto que comprova este crescimento é que os criadores brasileiros já compreendem, desde cedo, que mais importante que quantidade é qualidade, por isso, no Brasil estão as principais linhagens de Paint Horse e QM, em várias modalidades funcionais e de conformação, junto com campeões mundiais e cavalos altamente premiados no exterior.
Com o numero reduzido de animais no País, o Paint Horse vem mostrando algo raro no marcado de compra e venda de cavalos, a procura é muito maior que a oferta. Nos primeiros leiloes, para que possamos ter uma idéia, eram poucos potros e muitos animais importados. Hoje, houve uma inversão, quem for comprar um paint em haras ou em leilões vai se deparar somente com potros. Isto porque, os compradores só aguardam o desmame para adquirir o seu cavalo. Isto, sem duvida, mostra que a confiança no sucesso da raça é muito grande.

      Se você estiver para registrar um cavalo, haverá a necessidade de estabelecer o padrão de cores do cavalo. Embora haja muitas palavras americanas para descrever os padrões de contraste do Paint Horse, a ABC Paint usa três termos para descrever os diversos padrões: OVERO, TOBIANO, ou TOVERO. Estes padrões são diferenciados pela localização do branco no cavalo, e não pela cor do pêlo.

OVERO 
      Geralmente o branco não ultrapassa as costas do cavalo entre a cernelha e a cauda. Pelo menos, uma pata ou todas as patas são escuras e o branco é irregular e um tanto espalhado. As marcas da cabeça são distintas, em forma de frente aberta, arregaçada ou branco em forma de osso. Um cavalo overo pode ser predominantemente branco ou preto, e a cauda geralmente é de uma só cor.

TOBIANO
      A cor escura geralmente cobre um ou ambos os flancos, e a cor branca vai passar o lombo entre a cernelha e a cauda. Geralmente todas as quatros patas são brancas, pelo menos abaixo do curvilhão ou joelhos: as manchas são irregulares e distintas tais como formas ovais ou padrões redondos que se estendem para baixo do pescoço e peito, dando a aparência de um escudo. As marcas da cabeça são como aquelas de cavalos de cores sólidas, ou como uma mancha, uma faixa, estrela ou um retalho. Um tobiano pode ser predominantemente escuro ou branco. A cauda, geralmente contém duas cores.

TOVERO
      Estes cavalos combinam as características de ambos os overos e tobianos.
O desafio do juiz na conformação do Paint Horse é a aparência do padrão de cor inferior e a conformação física. O contorno, a extensão e posição das manchas claras e escuras que podem criar ilusões ópticas. Algumas destas ilusões ópticas são convincentes, de tal forma que a conformação de um Paint pode aparentar ser muito diferente do que atual é.
O efeito visual do padrão de cores sob a conformação pode ser positiva ou negativa. Por exemplo uma redução do branco atrás do pescoço de um animal alazão tostado pode criar a ilusão de que o pescoço é mais curto do que na realidade parece. Para classificar uma classe de Paint Horse baseado na conformação, um juiz deve ser capaz de se concentrar na musculatura e estrutura óssea do cavalo e ignorar o padrão de cor.
Para auxiliar o treinamento de juizes e outros interessados na conformação do Paint Horse.



      Nessa ocasião de classificação são vistas as ilusões ópticas em cada região do corpo do animal, nas pernas por exemplo, cavalos que tem as pernas brancas, normalmente aparentam ter as pernas tortas, quando são estruturalmente corretas, ainda outras regiões como pescoço, quanto a espessura e comprimento; estatura; definho e anca; barriga; anca, joelho e gaskin; olhos; cabeça e traquéia; ângulo do ombro.

      Finalizando o papo da semana, se você esta pensando em adquirir ou adquiriu um Paint Horse, com certeza você fez ou estará fazendo uma ótima escolha. Um animal com grandes qualidades físicas e mentais, dono de uma das pelagens mais bonitas que um cavalo pode ter, é extremamente dócil e hábil para esportes e hobby familiar e pensando no lado comercial, também é um ótimo investimento.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Leishmaniose


Leishmaniose

Esta semana vamos falar da leishmaniose, uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo.
Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”; não exige o sacrifício de animais infectados pela doença. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade, se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.
Transmissão
A transmissão é feita por insetos, os mais comuns são: mosquito-palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito-palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
É o inseto que transmite a doença de um animal para outro, sendo uma doença que afeta principalmente cães, mas também outros animais como ratos, gatos e humanos (principalmente crianças com desnutrição, idosos imunossuprimidos e, atualmente, pessoas com AIDS).
Uma duvida muito frequente, mais que fique claro isso é que Não se pega leishmaniose de cães e outros animais, apenas pela picada do inseto que estiver infectado. O cão é apenas mais um hospedeiro da leishmaniose visceral.
Sintomas
Os sintomas são variáveis. O cão pode apresentar emagrecimento, perda de pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, lesão de pele ulcerada, blefarite e anemia. Também há sintomas nos órgãos internos, como crescimento do fígado e outras alterações. Entretanto, esses sintomas são comuns em outras doenças bem menos graves; assim, se seu cão apresentar esses sintomas não quer dizer que o mesmo está com leishmaniose. O diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário, que combinará exames de sangue com exames clínicos.
Prevenção
O verdadeiro transmissor da doença – o mosquito-palha – gosta de lugares com matéria orgânica, então sempre mantenha quintal e canis limpos e telados. Esse inseto é de hábito noturno, então evite passeios nos horários de crepúsculo e aconselha-se que coloque seus cães para dormir em lugares telados e use coleiras ou líquidos repelentes para ajudar na proteção. Um dos métodos que tem tido mais sucesso é a coleira repelente, justamente para evitar a picada do inseto; a coleira é uma importante arma contra a doença. Além disso, existe vacina para leishmaniose. Ela previne que 80 a 95% dos cães se infectem com leishmania pela picada do inseto.
A vacina já está disponível em vários lugares do país. Hoje se tem no mercado a Leishmune, da Fort Dodge e a Leishtec, da Hertape Calier.
Existe uma boa parcela da classe veterinária que ainda não conhece o tratamento e a prevenção da leishmaniose, entretanto, a falta de conhecimento deles não pode impedir o público de tratar de seus cães. Procure veterinários especializados em infectologia. é preciso ter-se claro é que tanto os humanos como os animais infectados, mesmo tratados, serão portadores do parasita o restante de suas vidas e deverão ser mantidos sob rígido controle, assim deverão ter contínuo acompanhamento do médico veterinário, com a realização de exames laboratoriais periódicos, para verificar se o animal realmente mantém-se não infectante e saudável.
Tratamento
A Leishmaniose Visceral Canina tem tratamento, este tratamento pode ser feito utilizando diferentes drogas e as drogas para o tratamento são muito baratas e podem ser, inclusive, manipuladas em farmácias. O tratamento da Leishmaniose Visceral Canina exige compromisso tanto do Médico Veterinário como do proprietário e este tratamento não é proibido. O que está proibido no Tratamento da Leishmaniose Visceral Canina é o uso de Medicamentos da linha humana, mas mesmo esta proibição de uso de Medicamentos para o tratamento está sendo questionada judicialmente pois uma Portaria Ministerial não tem competência legal para proibir um tratamento de Leishmaniose Visceral Canina. Somente a Lei, em sentido estrito, pode impedir o tratamento.
Nos tratamentos cujos resultados são apresentados a seguir, foram utilizadas as seguintes drogas: Alopurinol, Cetoconazol, Levamizol, Vitamina A, Zinco, Aspartato de L-arginina e Prednisona. Nunca utilizamos Glucantime ou Anfotericina B em nossos tratamentos. Toda medicação é realizada na casa do proprietário, ministrada através de comprimidos ou cápsulas.

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença infecciosa não contagiosa, é uma doença totalmente tratável e curável clinicamente, mas como a grande maioria de doenças causadas por protozoários o portador geralmente não obtém a cura parasitológica, assim no cão como no ser humano.
A Organização Mundial de Saúde não recomenda a eutanásia como método de controle da LVC. 
Porém, o Ministério da Saúde ainda indica e usa a eutanásia como método de controle, como uma forma mais fácil e rápida no controle da doença, a despeito de países de 1º mundo, como Espanha, França, Itália e Alemanha tratarem seus animais regularmente. A Constituição Federal do Brasil garante ao proprietário que o mesmo não é obrigado a sacrificar o seu cão, pois é sua propriedade, e se o Poder Público o fizer, poderá ser acionado por crime de Abuso de Autoridade e ainda responder por danos materiais e morais, se assim o desejar o proprietário.